A campanha para fazer as modelos ganharem peso pode não ser suficiente para prevenir a influência que a mídia tem nos índices de bulimia e anorexia. Isso porque não são as imagens de modelos no tamanho zero que contribuem para disseminar a doença e sim as fotos de pessoas bem sucedidas.
Segundo estudo da Universidade de Singapura, as imagens das famosas e bem-sucedidas é que contribuem para o aumento do distúrbio alimentar entre as mulheres.
O grupo do psiquiatra Norman Li fez a pesquisa com 841voluntárias em Austin, no Texas. Eles descobriram que as mulheres ficam mais infelizes com seus corpos e tendem a querer mudar os hábitos alimentares depois que vêm fotos de revistas e sites que mostram as famosas bem-sucedidas em tapetes vermelhos e premiações. Isso mesmo quando já tenham o mesmo peso que a tal celebridade ou que tenham as curvas parecidas.
O efeito não acontece em homens heterossexuais, mas sim em homossexuais. Homens gays tendem a também querer mudar o corpo quando se comparam com celebridades. Já mulheres lésbicas, essas imagens não têm influencia.
Norman acredita que esse comportamento tenha origem na evolução. Ele sugere que esteja relacionado com o desejo de permanecer jovens. Isso porque as pessoas no Ocidente tendem a engordar quando ficam velhas, então ser jovem e atraente significa ser magra na mente delas.